"Quando escrevo alguma coisa, tenho a sensação de que isso preexiste. Parto de um princípio geral; conheço mais ou menos o começo e o fim; depois é que vou descobrindo as partes intermediárias; mas nem assim tenho a sensação de que as invento, de que elas necessitam do meu arbítrio; as coisas já se encontram ali. Mas estão ali escondidas e meu dever de poeta é descobri-las"
[Borges, Jorge Luís. Sete noites. São Paulo: Max Limonad, 1983, p.164]